Autor: RODRIGO FRANKLIM FROGERI

Tipo de Trabalho de Conclusão: DISSERTAÇÃO

Data da Defesa:  30/12/2014

RESUMO

 

O principal modelo de Governança de Tecnologia da Informação (GTI) utilizado atualmente é o Cobit 5, o qual pode ser entendido como um conjunto de boas práticas, processos e metodologias que em conjunto fornecem mecanismos para que as tecnologias da informação possam agregar valor aos negócios com riscos aceitáveis. Este estudo teve como objetivo analisar a percepção dos gestores e servidores da área de Tecnologia da Informação e Comunicação de uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES) sobre a implantação e desenvolvimento da GTI, tendo como base o framework Cobit 5. Foi realizado um estudo de caso de caráter descritivo, utilizando-se as abordagens quantitativa e qualitativa. A Governança de TI na instituição pesquisada pode ser caracterizada com ausência dos princípios de Governança corporativa e de TI, mesmo em uma perspectiva futura de dois anos, a mesma característica se manteve. O viabilizador do Cobit 5 ‘pessoas, habilidades e competências’ identificou que os recursos humanos envolvidos na implantação da Governança de TI não estão aptos para implantar, manter e otimizar os processos relacionados a esse contexto. O viabilizador ‘serviços, infraestrutura e aplicações’ mostrou que a infraestrutura e as aplicações existentes estão estabelecidas, mas demandam monitoramento e acompanhamento. Já em relação ao estabelecimento de níveis de serviço, para que os serviços prestados atendam as demandas dos negócios em prazos mínimos, são praticamente nulos na instituição. Foram identificadas três possíveis origens das dificuldades de introdução de boas práticas de Governança de TI na instituição. A primeira delas é o viabilizador do Cobit 5 ‘cultura, ética e comportamento’, seguido pelos domínios MEA (monitorar, avaliar e medir) e BAI (construir, adquirir e implementar). O processo do Cobit 5 que obteve a melhor avaliação foi o DSS6, que indicou que a instituição iniciou a adoção das práticas do processo, conforme planejamento prévio, mas ainda não estão completamente implementados ou as práticas não são executas em toda a instituição. Os processos EDM01 e EDM05 obtiveram a maior avaliação do grupo ‘Diretoria Geral’, porém, apenas para este grupo, o que pode ser entendido que a aplicação de um framework de governança e o alinhamento deste aos negócios são vistos apenas por este grupo como uma prática iniciada, mas não completamente implementada. Para todos os demais grupos a prática não é adotada pela instituição e não é uma realidade. O domínio DSS (entregar, servir e suportar) para o viabilizador ‘serviços, infraestrutura e aplicações’, demonstrou que há uma infraestrutura com serviços e aplicações já estabelecidos para esse domínio na instituição, porém, estes não estão uniformemente implantados. O viabilizador ‘estruturas organizacionais’ para o domínio APO (alinhar, planejar e organizar) indicou que a instituição iniciou ou concluiu o seu planejamento para a implantação da Governança de TI, bem como da sua gestão, porém, devido a fatores culturais, éticos e comportamentais não são vistos ou considerados pelos servidores. A área da Tecnologia da Informação coberta pelo Cobit 5 que se destacou com a menor avaliação foi a de ‘auditoria interna’, que foi classificada como inexistente. O destaque com a maior pontuação foi a de ‘Informatização dos Processos Organizacionais’, em que se percebeu que a maioria dos processos internos são controlados por meio de sistemas de informação.

 

Palavras-chave: Instituição Federal de Ensino Superior. Governança de Tecnologia da Informação. Cobit 5.

Área de Concentração: ORGANIZAÇÃO E ESTRATÉGIA

Linha de Pesquisa: Tecnologias de Gestão e Competitividade

Banca Examinadora

Prof. Dr.  Gustavo Rodrigues Cunha – Orientador

Prof.ª Dr.ª  Aleixina Maria Lopes Andalécio – Docente

Prof.ª Dr.ª Márcia Gorett Ribeiro Grossi  – Participante externo

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