Mestrando(a): LUCIANA GELAPE DOS SANTOS
Orientador(a): LUIZ CARLOS HONORIO
Historicamente, as pessoas vêm sendo encaradas pelas organizações como um recurso a ser administrado. No entanto, elas estão cada vez mais conscientes de si mesmas, mais mobilizadas pela autonomia e liberdade, exercendo maior pressão por transparência na sua relação com a empresa. Transformação é a palavra de ordem no cenário empresarial no Brasil e no mundo. A rapidez com que as mudanças acontecem, sobretudo as de natureza tecnológica, a globalização e a competição acirrada entre as empresas, tem levado as organizações a repensar seus modelos de gestão, fundamentalmente, a gestão de pessoas. Neste contexto, o papel da gestão de pessoas torna-se essencialmente estratégico, caracterizado pelo seu alinhamento às estratégias organizacionais, tornando as empresas mais competitivas. Por meio de suas políticas de gestão de pessoas, as empresas buscam mobilizar e envolver os empregados com os projetos organizacionais, rumo ao alcance de resultados. Considerando a importância do engajamento das pessoas para a eficácia organizacional, esta pesquisa teve por objetivo conhecer as políticas de gestão de pessoas adotadas por uma agência de fomento do Estado de Minas Gerais, prestadora de serviços de assessoria especializada, analisando em que medida essas políticas interferem no comprometimento de seus empregados. O modelo adotado, de Meyer e Allen (1991) preconiza que o comprometimento organizacional pode ocorrer em três dimensões: afetiva, normativa e instrumental, sendo possível, para os autores, o indivíduo assumir múltiplos comprometimentos dentro da organização. A amostra foi composta de trabalhadores de uma agência de fomento mineira, agrupada em cinco categorias ocupacionais: gerentes, consultores internos, analistas, assistentes e auxiliares. A escolha desta empresa deve-se à sua relevância para a economia mineira e ao caráter estratégico que o conhecimento e o envolvimento de seus empregados assume para o alcance de seus objetivos. A pesquisa caracteriza-se como descritiva e interpretativa, de caráter quantitativo, qualitativo e comparativo, uma vez que procurou-se estabelecer diferenças que os espaços ocupacionais participantes da pesquisa guardavam entre si no que se referia aos níveis de comprometimento e os impactos das políticas de gestão de pessoas nos mesmos. A coleta de dados foi realizada de maneira quantitativa, realizada com empregados ocupantes das categorias ocupacionais existentes na empresa. A análise de dados utilizou as técnicas estatísticas descritivas e de associação bi e multivariada. Os resultados evidenciaram que as políticas de gestão de pessoas estudadas influenciam as dimensões afetiva e normativa, estabelecendo fraca correlação com a dimensão instrumental. Os maiores índices foram observados nos fatores ambiente de trabalho e relacionamento com a chefia, mostrando-se fundamentais para a manutenção destes dois tipos de comprometimento.
Orientador(a): LUIZ CARLOS HONORIO
Professores Drs. da Banca:
Fernando Coutinho Garcia e Zélia Miranda Kilimnik
Mestrando(a): LUCIANA GELAPE DOS SANTOS
Linha de Pesquisa: Relações de poder e dinâmica das organizações
BAIXAR ARQUIVO: LUCIANA GELAPE