Mestrando(a): JULIANA DE MELO FRANCO MURARI

Orientador(a): DIOGO HENRIQUE HELAL

Diante do cenário atual, no qual mudanças ambientais, organizacionais e tecnológicas acentuam a necessidade de um profissional polivalente multifuncional, reformas educacionais vêm eclodindo no Brasil, principalmente após o advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996. A busca por mão de obra capacitada intensificou-se, e competências comportamentais, éticas e políticas passaram a ser mais exigidas do que a qualificação em si. O processo de formação superior foi revisto para possibilitar a construção de competências profissionais nos alunos. Essas, por sua vez, são tratadas a partir de diferentes níveis: individual/profissional, gerencial/funcional e organizacional. Este trabalho aborda a formação de competências profissionais, tendo por referência o estágio. O construto utilizado apoia-se na visão da Escola Francesa que preconiza a aprendizagem (cognitiva) como eficiência social do indivíduo. O objetivo geral deste estudo consiste em analisar como a prática do estágio se relaciona com a formação de competências profissionais de alunos do curso de Administração de uma IES privada de Belo Horizonte-MG. Para atender a esse propósito, o modelo utilizado foi o de Paiva e Melo (2008), inspirado em Cheetham e Chivers (1998), que apresenta quatro atores sociais envolvidos na formação de competências profissionais: Instituições de Ensino, Estado, Instituições Coletivas e Organizações. Seu núcleo central individual é formado pelas competências intelectual, técnico-funcionais, comportamentais, éticas e políticas. Esta pesquisa é um estudo de caso do conceito ?competências profissionais?, tendo sido realizadas a pesquisa documental e a pesquisa de campo, de natureza descritivo-explicativa, com enfoque qualitativo. Foram analisados dados secundários e primários ligados ao conceito de formação de competências profissionais, por meio da prática do estágio, e realizadas 12 entrevistas, mediante amostragem não probabilística intencional, com coordenadores do curso de Administração, alunos-estagiários, empresas concedentes de estágio, agentes de integração e a Associação Brasileira de Estágios, por meio de um roteiro semiestruturado. As entrevistas foram transcritas e analisadas em profundidade, separada e conjuntamente, permitindo no final a triangulação dos dados. Prevaleceram diferenças entre os grupos investigados, Instituição de Ensino Superior (IES) e Estado versus Organizações e Instituições Coletivas, no que tange às competências intelectuais; e similaridades de acordo com as competências comportamentais e políticas. A IES acredita ser seu papel formar competências profissionais, essencialmente as intelectuais. As organizações entrevistadas, de outro modo, acreditam que as competências técnico-funcionais são ensinadas diretamente aos estagiários no ambiente de trabalho. Demandam, também, dos estagiários a presença de competências comportamentais, éticas e políticas. A análise dos resultados da pesquisa permite concluir que no curso de Administração o estágio é um mecanismo que permite a formação de competências profissionais e contribui de maneira significativa para a inserção do aluno no mercado de trabalho.

Orientador(a): DIOGO HENRIQUE HELAL

Professores Drs. da Banca:

Prof. Dr. Diogo Henrique Helal. Orientador (Faculdade Novos Horizontes)

Profª. Drª. Kely César Martins de Paiva. Convidado 1 (Faculdade Novos Horizontes)

Profª. Drª. Danielle Cireno Fernandes. Convidado 2 (FAFICH/UFMG)

Mestrando(a): JULIANA DE MELO FRANCO MURARI

Linha de Pesquisa: Tecnologia de gestão e competitividade

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