Autor: Rodrigo Pereira Chagas
Tipo de Trabalho de Conclusão: DISSERTAÇÃO
Data da Defesa: 20/12/2019
RESUMO Esta pesquisa tem por objetivo geral analisar e evidenciar as estratégias de financiamento do capital de giro das empresas dos subsetores de Comércio, Construção Civil e Tecidos, Vestuário e Calçados, listadas na B3. O referencial teórico pautou-se na análise tradicional de indicadores financeiros e nas variáveis do modelo dinâmico a partir da literatura sobre o tema. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, documental e quantitativa, com tratamento de dados baseado na estatística descritiva e inferencial. Os dados utilizados foram extraídos das demonstrações financeiras das empresas dos subsetores citados, no período entre 2012 a 2018. A partir do cálculo das variáveis do modelo dinâmico, como, capital de giro (CDG), necessidade de capital de giro (NCG), saldo de tesouraria (ST) e ativo econômico (AE), procurou-se analisar e evidenciar as estratégias de financiamento do capital de giro e o perfil financeiro das empresas que compuseram a amostra. Também, buscou-se identificar a relação entre os indicadores de liquidez tradicional e dinâmico e o retorno sobre o ativo total (ROA). Como resultados, identificaram-se as estratégias predominantes em cada subsetor e suas características em relação ao financiamento do capital de giro. O subsetor Comércio, 80% das empresas empregaram a estratégia conservadora, com alta utilização de recursos de longo prazo para financiamento total do ANC e NCGper e parcialmente sua NCGsaz. Em relação ao perfil financeiro desse subsetor, 8 empresas apresentaram o sólido, confirmando uma situação de liquidez confortável, sendo o CDG a principal fonte de financiamento das atividades operacionais. Em relação ao subsetor Construção Civil, das 18 empresas, 33% apresentaram estratégia de financiamento agressiva, evidenciando uma parcela maior de risco, devido ao aumento de participação de fontes de recursos de curto prazo. Em relação ao perfil financeiro, este setor apresentou 41% com o insatisfatório, evidenciando a utilização de recursos de curto prazo no financiamento da NCG. Em relação ao subsetor Tecidos, Vestuário e Calçados, das 17 empresas, 47% apresentaram a estratégia agressiva; 29%, arriscada; e 24%, conservadora, apresentando-se como o mais alavancado da amostra em relação ao financiamento da NCG por meio dos recursos de curto prazo. Em relação ao perfil financeiro, o subsetor apresentou 47% o insatisfatório. Este estudo apontou que o subsetor de Tecidos, Vestuário e Calçados apresentou melhor equilíbrio entre sua liquidez e seu risco financeiro, de forma que demonstrou valores positivos dos indicadores de rentabilidade, utilizando-se de estratégias de financiamento com maior utilização de empréstimos de curto prazo. Além disso, encontrou-se uma relação positiva entre a variável independente CDG e a variável dependente ROA. Palavras-chave: Estratégias de financiamento. Modelo Dinâmico. Liquidez.
ABSTRACT The general objective of this research is to analyze and highlight the working capital financing strategies of companies in the Commerce, Civil Construction and Textiles, Clothing and Footwear subsectors, listed in B3. The theoretical framework was based on the traditional analysis of financial indicators and the variables of the dynamic model from the literature on the subject. It is a study of a descriptive, documental and quantitative nature, with data treatment based on descriptive and inferential statistics. The data used were extracted from the financial statements of the companies in the sub-sectors mentioned, in the period from 2012 to 2018. From the calculation of the variables of the dynamic model, such as working capital (CDG), working capital requirement (NCG), cash balance (ST) and economic assets (AE), we tried to analyze and highlight the financing strategies for working capital and the financial profile of the companies that composed the sample. We also sought to identify the relationship between traditional and dynamic liquidity indicators and return on total assets (ROA). As a result, we identified the predominant strategies in each sub-sector and their characteristics in relation to the financing of working capital. In the Trade sub-sector, 80% of the companies employed the conservative strategy, with high use of long-term resources for total financing of the ANC and NCGper and partially its NCGsaz. Regarding the financial profile of this sub-sector, 8 companies presented the solid, confirming a comfortable liquidity situation, with the CDG being the main source of financing for operating activities. In relation to the Civil Construction sub-sector, of the 18 companies, 33% presented an aggressive financing strategy, evidencing a greater portion of risk due to the increased participation of short-term sources of funds. In relation to the financial profile, this sector presented 41% with the unsatisfactory, evidencing the use of short-term resources in the financing of the NCG. In relation to the Textiles, Clothing and Footwear sub-sector, of the 17 companies, 47% presented the aggressive strategy; 29%, risky; and 24%, conservative, presenting itself as the most leveraged of the sample in relation to the financing of the NCG through short-term resources. Regarding the financial profile, the sub-sector presented 47% the unsatisfactory. This study showed that the Tissues, Clothing and Footwear sub-sector presented a better balance between its liquidity and financial risk, so that it showed positive values of profitability indicators, using financing strategies with greater use of short-term loans. In addition, a positive relationship was found between the independent variable CDG and the dependent variable ROA.
Keywords: Financing strategies. Dynamic Model. Liquidity.
Área de Concentração: ORGANIZAÇÃO E ESTRATÉGIA
Linha de Pesquisa: Estratégia, Inovação e Competitividade
Banca Examinadora
Prof. Dr. Hudson Fernandes Amaral – Orientador
Prof. Dr. Antônio Artur de Souza – Docente
Prof. Dr. Ewerton Alex Avelar – Participante Externo
Prof.ª Dr.ª Joyce Mariella Medeiros Cavalcanti – Participante Externo
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