Título:  ESTRESSE OCUPACIONAL: estudo com docentes de uma instituição federal de ensino localizada no estado de Minas Gerais

 

Autor:   Flávia Amélia Lopes Nogueira

 

Tipo de Trabalho de Conclusão: DISSERTAÇÃO

 

Data da Defesa:  16 de dezembro de 2019

 

RESUMO: Este estudo tem por objetivo descrever e explicar as manifestações de estresse ocupacional em professores que atuam em uma instituição de ensino federal localizada no estado de Minas Gerais, os principais sintomas decorrentes, as principais fontes de tensão, os indicadores de impacto no trabalho, na percepção dos docentes, e as estratégias de enfrentamento ao estresse utilizadas para minimizar ou eliminar as fontes de tensão e, consequentemente, as manifestações de estresse. Em termos teóricos, o estudo se ancorou no Modelo Teórico de Explicação do Estresse Ocupacional (MTEG), desenvolvido por Zille (2005) e adaptado e revalidado para os propósitos deste estudo. Em termos metodológicos, trata-se de um estudo descritivo e explicativo, de abordagem quantitativa, por meio de estudo de caso. A população pesquisada envolveu 883 professores, com amostra de 279 sujeitos. A análise de dados se deu por meio da estatística descritiva e inferencial, realizada mediante a utilização do pacote estatístico R (versão 1.1.414). Em relação aos resultados, apurou-se que 68,9% dos pesquisados apresentaram manifestações de estresse, sendo 30,5% com manifestação em nível importante, ou seja, estresse intenso e muito intenso. Os sintomas prevalentes foram: ansiedade, dor nos músculos do pescoço e ombros, angústia, nervosismo e irritabilidade fácil. As fontes de tensão que melhor explicaram as manifestações do estresse ocupacional foram as fontes relacionadas às características individuais dos sujeitos: levar a vida de forma muito corrida; pensar ou realizar frequentemente duas ou mais atividades ao mesmo tempo; e não conseguir desligar-se do trabalho. As principais fontes de tensão do trabalho indutoras do estresse estão relacionadas aos processos de trabalho e aos aspectos específicos do trabalho docente: executar várias atividades ao mesmo tempo, com alto grau de cobrança; preparação de novas disciplinas; executar trabalho complexo, gerando desgaste e cansaço; e excesso de atividades administrativas. As principais estratégias de enfrentamento utilizadas pelos docentes para combater o estresse ocupacional estão relacionadas: a recuperação física e mental e cooperação entre os pares. Ao relacionar o estresse ocupacional com as variáveis do estudo, concluiu-se que o estresse ocupacional é mais acentuado em: mulheres, aqueles que possuem até 45 anos de idade, docentes que manifestaram problema de saúde e os que utilizam medicamentos de forma contínua. Por meio de correlação e regressão, confirmaram-se as hipóteses do estudo: as relações de trabalho, os aspectos específicos do trabalho docente, as fontes de tensão do indivíduo e os indicadores de impacto no trabalho influenciam positivamente as manifestações de estresse ocupacional, enquanto as estratégias de recuperação física e mental influenciam negativamente a ocorrência do estresse entre os docentes pesquisados.

 

Palavras-chave: Estresse ocupacional. Docentes. Instituição de ensino federal.

 

ABSTRACT: This study aims to describe and explain the occupational stress manifestations in professors who work in a federal educational institution located in the state of Minas Gerais, the main symptoms arising, the main sources of tension, the indicators of impact on work in the perception of professors and the strategies of coping with stress used to minimize or eliminate the sources of tension and consequently the manifestations of stress. In theoretical terms the study was anchored in the Theoretical Model of Explanation of Occupational Stress (MTEG), developed by Zille (2005), adapted and revalidated for this study. In methodological terms it consisted of a descriptive and explanatory study, with quantitative approach, through case study. The researched population involved 883 professors, with a sample of 279 subjects. Data analysis was performed through descriptive and inferential statistics, using the statistical package R (version 1.1.414). In relation to the results, it was observed that 68.9% of the respondents presented stress manifestations, and 30.5% of the cases presented manifestation at an important level, that is, intense and very intense stress. The prevalent symptoms were anxiety, pain in the muscles of the neck and shoulders, anguish, nervousness and easy irritability. The sources of tension that best explained the manifestations of occupational stress were the sources related to the individual characteristics of the subjects: lead life in a very running way; think or often carry out two or more activities at the same time; and not being able to disconnect from work. The main sources of stress-inducing work are related to the work processes and to the specific aspects of the teaching work: to perform various activities at the same time, with a high degree of charge; preparation of new disciplines; perform complex work, generating wear and tiredness; and excessive administrative activities. The main coping strategies used by professors to combat occupational stress are related to physical and mental recovery and peer cooperation. When relating occupational stress with study variables, it was concluded that occupational stress is more pronounced among women, among those who are up to 45 years of age, among professors who have manifested health problems and among those who use medications continuously. Through correlation and regression, the hypotheses of the study were confirmed, where work relationships, specific aspects of teaching work, the sources of tension of the individual and the indicators of impact at work positively influence the manifestations of occupational stress, while the physical and mental recovery strategies negatively influence the occurrence of stress among the professors surveyed.

 

Keywords: Occupational stress. Professors. Federal educational institution.

 

 

 

 

 

RESUMEN: El objetivo de este estudio fue describir y explicar las manifestaciones de estrés ocupacional en los maestros que trabajan en una institución educativa federal ubicada en el estado de Minas Gerais, los principales síntomas que surgen, las principales fuentes de tensión, el indicadores de impacto en el trabajo en la percepción de los profesores y las estrategias de afrontamiento del estrés utilizadas para minimizar o eliminar las fuentes de tensión y, en consecuencia, las manifestaciones del estrés. En términos teóricos, el estudio se ancló en el Modelo Teórico de Explicación del Estrés Ocupacional (MTEG), desarrollado por Zille (2005), adaptado y revalidado para este estudio. En términos metodológicos, consistió en un estudio descriptivo y explicativo, con un enfoque cuantitativo, a través de un estudio de caso. La población investigada involucró a 883 profesores, con una muestra de 279 asignaturas. El análisis de datos se realizó mediante estadística descriptiva e inferencial, utilizando el paquete estadístico R (versión 1.1.414). En relación con los resultados, se observó que el 68,9% de los encuestados presentaba manifestaciones de estrés, y el 30,5% de los casos presentaron manifestación a un nivel importante, es decir, estrés intenso y muy intenso. Los síntomas prevalentes fueron ansiedad, dolor en los músculos del cuello y los hombros, angustia, nerviosismo y fácil irritabilidad. Las fuentes de tensión que mejor explicaban las manifestaciones del estrés ocupacional eran las fuentes relacionadas con las características individuales de los sujetos: llevar la vida de una manera muy corriente; pensar o a menudo llevar a cabo dos o más actividades al mismo tiempo; y no ser capaz de desconectar del trabajo. Las principales fuentes de trabajo que inducen el estrés están relacionadas con los procesos de trabajo y con los aspectos específicos de la labor docente: realizar diversas actividades al mismo tiempo, con un alto grado de carga; preparación de nuevas disciplinas; realizar trabajos complejos, generando desgaste y cansancio; y actividades administrativas excesivas. Las principales estrategias de afrontamiento utilizadas por los profesores para combatir el estrés ocupacional están relacionadas con la recuperación física y mental y la cooperación entre pares. Al relacionar el estrés ocupacional con las variables de estudio, se llegó a la conclusión de que el estrés ocupacional es más pronunciado entre las mujeres, entre las personas que tienen hasta 45 años de edad, entre los maestros que han manifestado problemas de salud y entre los que usan medicamentos continuamente. La correlación y la regresión confirmaron las hipótesis del estudio, donde las relaciones laborales, los aspectos específicos del trabajo docente, las fuentes de tensión del individuo y los indicadores de impacto en el trabajo influyen positivamente en las manifestaciones del estrés ocupacional, mientras que las estrategias de recuperación física y mental influyen negativamente en la ocurrencia de estrés entre los profesores encuestados.

 

Palabras clave: Estrés ocupacional. Profesores. Institución federal de educación.

 

Área de Concentração: Organização e Estratégia

 

Linha de Pesquisa: Relações de Poder e Dinâmica das Organizações

 

Problema de Pesquisa: “Quais são as manifestações de estresse no trabalho decorrentes da atividade docente?”

Banca Examinadora

 

Orientador: Luciano Zille Pereira – Docente

 

Prof.ª Dr.ª Fernanda Versiani de Rezende – Pós-Doc

Prof. Dr. Maria José Menezes Brito – Participante Externo

 

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