Autor: EDINALDO SANTANA ROCHA
Tipo de Trabalho de Conclusão: DISSERTAÇÃO
Data da Defesa: 29/06/2016
RESUMO Esta pesquisa teve por objetivo identificar, descrever e analisar a relação entre a percepção dos servidores técnico-administrativos da seção de Serviços Gerais da Universidade Federal de Minas Gerais sobre as políticas e práticas de recursos humanos adotadas pela UFMG e seu comprometimento. A escala de comprometimento foi a proposta por Meyer; Allen (1991, 1997) e validada na área pública por Marques (2012). A escala de percepção das políticas de recursos humanos foi desenvolvida e testada por Bandeira (1999), que estudou o impacto das práticas de recursos humanos no comprometimento organizacional em uma empresa estatal de grande porte. Quanto à metodologia, adotou-se abordagem quantitativa e qualitativa. Da etapa quantitativa, participaram 64 servidores. Destes, 15 participaram da etapa qualitativa. Na etapa quantitativa, aplicou-se questionário com escala do tipo Likert, cujo objetivo foi identificar as variáveis demográficas e ocupacionais, além de avaliar as dimensões do comprometimento organizacional e a percepção das práticas de recursos humanos. Na etapa qualitativa aplicaram-se entrevistas estruturadas, buscando aprofundar a percepção dos pesquisados quanto às práticas de recursos humanos. Quanto à percepção das políticas e práticas de recursos humanos, apurou-se que recrutamento e seleção, relacionamento com a chefia, treinamento e desenvolvimento, sistema de remuneração e ambiente de trabalho foram consideradas positivas, enquanto planejamento de carreira, comunicação e ambiente físico foram vistas negativamente por grande parte dos servidores. Considerando a percepção global das práticas e políticas de recursos humanos, concluiu-se que houve concordância com as práticas e políticas de recursos humanos adotadas pela UFMG, destacando-se ambiente de trabalho como a dimensão de maior concordância e planejamento de carreira como a de maior discordância com as políticas e práticas de recursos humanos. Quanto a possíveis diferenças na percepção das práticas e políticas de recursos humanos em relação às variáveis sexo, idade, escolaridade e tempo de serviço, apenas para escolaridade apurou-se que os servidores com até curso superior incompleto percebem com maior intensidade as políticas de recursos humanos do que aqueles com curso superior completo e acima. Isso pode ser justificado pelo fato de a maioria dos servidores da Seção de Serviços Gerais exercer cargos para os quais a escolaridade máxima exigida é o segundo grau completo. Quanto ao comprometimento dos servidores, o afetivo foi o componente que alcançou maior média, o que permite concluir que os servidores têm o desejo de permanecer na instituição e de contribuir para que esta supere suas dificuldades. Quanto a possíveis diferenças no comprometimento dos servidores pesquisados em relação às variáveis sexo, idade, escolaridade e tempo de serviço, concluiu-se que os servidores com escolaridade até o ensino superior incompleto e os servidores com tempo de serviço superior a 20 anos mostraram-se mais comprometidos do que aqueles com ensino superior completo e acima, como também com aqueles com menos de 20 anos de serviço na UFMG.
Palavras-chave: Comprometimento organizacional. Práticas de recursos humanos. Serviço público. Instituição federal de ensino superior.
ABSTRACT This research aimed to identify, describe and analyze the relationship between the perception of the human resources (HR) policies and practices adopted by the Federal University of Minas Gerais (UFMG) and the commitment of UFMG technical[1]administrative staff of the General Services unit. The commitment scale applied was proposed by Meyer; Allen (1991, 1997) and validated in the civil service by Marques (2012). The scale of perception of HR policies was developed and tested by Flag (1999), who studied the impact of human resources practices on organizational commitment in a large state agency. Concerning methodology, one adopted quantitative and qualitative approaches. During the quantitative phase, there were 64 participant civil servants. Out of these, 15 also took part in the qualitative phase. In the quantitative phase, one applied a questionnaire containing the Likert scale, which aimed at identifying the demographic and occupational variables, in addition to assessing the dimensions of organizational commitment and the perception of HR practices. During the qualitative phase, one carried out structured interviews, in an attempt to deepen the perception of the respondents, concerning HR practices. Regarding the perception of the HR policies and practices, the results show that recruitment and selection, relationship with the leadership, training and development, compensation system and working environment were positively considered, whereas the criteria career planning, communication and physical environment were negatively perceived by most civil servants. Considering the overall perception of HR practices and policies, one concluded that there was a correlation with the HR resources practices and policies adopted by UFMG. The criterion work environment received the highest index of correlation with HR policies and practices, whereas the criterion career planning received the lowest correlation index. Regarding possible differences in the perception of HR practices and policies, in terms of gender, age, education and length of service, results show that perceptions only differ for the criterion education: undergraduate workers perceive HR policies more intensely than those workers that have a college degree or a post-graduate degree. This can be explained by the fact that most civil servants of the General Services unit held positions for which the maximum education level required was a high school degree. Regarding the commitment of the civil servants, the component that achieved the highest average was the affective, which indicates that the civil servants want to remain in the institution and want to contribute with it so that it overcomes its difficulties. Concerning possible differences in the commitment of the civil servants, in terms of gender, age, education and length of service, results show that workers were more committed when they had an education level of up to undergraduate degree or had worked for over 20 years. Workers with a college degree or a post[1]graduate degree or a period of less than 20 years of serving time at UFMG were less committed according to the results.
Key words: Organizational commitment. Human resource practices. Civil service. Federal institution of higher education.
Linha de Pesquisa: Tecnologias de Gestão e Competitividade
Banca Examinadora
Prof. Dr. Antônio Luiz Marques– Orientador
Prof. Dr. Luciano Zille Pereira – Docente
Prof.ª Dr.ª Renata Simões Guimarães e Borges
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