Mestrando(a): ANA CRISTINA DE OLIVEIRA SANTOS

Orientador(a): Prof. Dr. Luiz Carlos Honório

Esta pesquisa teve por objetivo analisar as dimensões da síndrome de burnout em pastores evangélicos da Igreja Presbiteriana do Brasil no estado de Minas Gerais. Consistiu em um estudo de caso descritivo, com abordagem quantitativa e qualitativa. Na abordagem quantitativa, foi utilizado o questionário Maslach Burnout Inventory (MASLACH; JACKSON, 1981; 1986), instrumento composto por 22 itens e adaptado pelo pesquisador Codo (1999), com uma amostra de 94 pastores. Para o tratamento dos dados quantitativos, foram utilizadas as técnicas univariada e bivariada. Na abordagem qualitativa, foram realizadas dez entrevistas semiestruturadas, para o aprofundamento dos dados obtidos na pesquisa quantitativa. Na análise descritiva, observou-se nível mediano de burnout para a dimensão “baixa realização profissional”, enquanto para a dimensão despersonalização houve uma tendência para ausência de burnout. Evidenciou-se uma situação mediana de burnout para o indicador de exaustão emocional “Trabalho com pessoas o dia todo e isso me exige um grande esforço”. Novamente, destacou-se uma situação de nível baixo de burnout para a dimensão “despersonalização”, com destaque para o fato de os pastores alegarem não tratar seus membros como objeto. Quanto às variáveis em relação à dimensão “baixa realização profissional”, constatou-se um nível mediano de burnout para o indicador “Sinto-me com muita vitalidade”.  Na análise bivariada, evidenciou-se diferença significativa de escores nas dimensões “exaustão emocional” e “baixa realização profissional em que os pastores mais novos se queixam mais da exaustão emocional”, quando comparados aos pastores mais velhos. Os pastores mais novos também se sentem menos realizados profissionalmente que os mais seniores. Comprovou-se, ainda, que os pastores com menos de 16 anos de trabalho apresentam maior nível de exaustão emocional quando comparados aos pastores que estão no ministério há mais de 16 anos. Demonstrou-se também que os pastores com até 5 anos de trabalho na igreja anterior apresentam maior exaustão emocional  em comparação aos pastores com tempo de trabalho na igreja anterior acima de 6 anos, em que esse nível de exaustão diminui. Constatou-se que os pastores efetivos apresentaram um quadro de baixa realização profissional em relação aos auxiliares e aos evangelistas. Para a análise dos resultados qualitativos, foi possível descrever uma série de subcategorias, ressaltando-se somente as mais relevantes para os dez entrevistados, as quais foram: para “exaustão emocional”, cansaço físico, relações interpessoais, envolvimento emocional e amadurecimento profissional; para “despersonalização”, a qualidade das relações; para “baixa realização profissional”, cobranças por resultados, complexidade do trabalho e entendimento do ministério pastoral; para “significado do trabalho pastoral”, a importância do trabalho; para “prazer no trabalho pastoral”, evidências do trabalho pastoral; para “sofrimento no trabalho pastoral”, apoio e reconhecimento; e para “estratégias para lidar com burnout”, importância do trabalho. Tal levantamento teve por objetivo diagnosticar em quais dimensões os pastores da Igreja Presbiteriana do Brasil estão mais propensos a desenvolver, ou não, a síndrome de burnout.

 

BANCA EXAMINADORA:

 

Prof. Dr. Luiz Carlos Honório

ORIENTADOR (Faculdade Novos Horizontes)

Prof. Dr. Luciano Zille Pereira

Faculdade Novos Horizontes

Profª Drª Simone Costa Nunes

PUC-MINAS
Linha de Pesquisa: Relações de Poder e Dinâmica das Organizações

Área de concentração: Organização e estratégia

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