Autor:  Luciana Aparecida Oliveira

Tipo de Trabalho de Conclusão: DISSERTAÇÃO

Data da Defesa:  13/04/2018

Resumo: Este estudo teve por objetivo identificar, descrever e explicar as manifestações de estresse ocupacional em gestores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG). A pesquisa foi descritiva e explicativa, com abordagem quantitativa. Como método utilizou-se o estudo de caso. A coleta de dados se deu por meio de questionário aderente ao Modelo Teórico Explicativo do Estresse Ocupacional, desenvolvido e validado por Zille (2005), adaptado para este estudo. A população foi de 100 gestores. O processamento dos dados foi realizado mediante utilização do pacote estatístico IBM SPSS versão 20.0 e a análise foi feita por meio da estatística descritiva e inferencial. Os resultados do estudo apontaram que 68% dos pesquisados apresentaram quadro de estresse variando de leve/moderado a muito intenso. As principais fontes de tensão no trabalho relatadas foram: realizar várias atividades ao mesmo tempo com alto grau de cobrança, execução de trabalho complexo, desgastante e cansativo; e cobrança por fazer mais trabalho com o mínimo de recursos. As principais fontes de tensão do indivíduo foram: não conseguir desligar-se do trabalho; levar a vida de forma muito corrida; e ter o dia tomado por muitos compromissos. As fontes de tensão específicas do trabalho de gestor identificadas foram: saber o valor da qualidade de vida e não praticar; conciliar inovação/autonomia com as normas da instituição; e dificuldade em conciliar compromissos de trabalho e familiares. Os sintomas prevalecentes foram: ansiedade, dor nos músculos do pescoço e ombros, nervosismo e fadiga. Os indicadores de impacto no trabalho mais importantes, na visão dos gestores, foram: dificuldade de lembrar fatos relacionados ao trabalho que antes eram lembrados com naturalidade; e perda do controle sobre os eventos da vida. Os mecanismos mais utilizados pelos gestores para minimizar as tensões relacionadas ao trabalho foram a possibilidade de descansar aos finais de semana e feriados. Os resultados da estatística inferencial mostraram que o estresse ocupacional não sofre interferência relativa a idade, escolaridade e uso de contínuo de medicamentos. De outro lado, aqueles gestores que possuem enfermidades apresentam, em tendência central, maior nível de estresse ocupacional em comparação àqueles que não possuem problemas de saúde. A Hipótese 1 deste estudo foi parcialmente confirmada, uma vez que apenas as fontes de tensão do indivíduo implicaram aumento do estresse. A Hipótese 2 foi totalmente confirmada; ou seja, os indivíduos que apresentaram os maiores níveis de estresse apresentaram também os maiores indicadores de impactos no trabalho.

Palavra-chave: Estresse ocupacional. Estresse no trabalho. Gestores públicos. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais. IFMG.

Abstract: This study aimed at identifying, describing and explaining the manifestations of occupational stress in managers of the Federal Institute of Education, Science and Technology of Minas Gerais (IFMG). The research had a descriptive and explanatory nature with a quantitative approach and one used the case study as method. Data was collected by means of a questionnaire that adhered to the Theoretical Model of Occupational Stress Explanation, developed and validated by Zille (2005), and was adapted for the present study. The population consisted of 100 managers. Data processing was performed by using the statistical package IBM SPSS version 20.0 and the analysis was made by means of descriptive and inferential statistics. The study results indicated that 68% of the respondents presented a range from mild / moderate to very intense stress. According to the report, the main sources of stress at work were performing several activities at the same time with a high level of demand; performing complex, exhausting and tiring work; and the demand for the managers to work harder with minimum resources. The report shows that the main sources of tension for the individuals were not being able to disconnect from the work environment, leading a very busy life and having the day taken by many commitments. One identified the following sources of managerial work stress: reconciling innovation / autonomy with the norms of the institution, knowing the value of life quality but not being able to practice it, and having difficulties in reconciling work and family commitments. The prevailing symptoms were anxiety, pain in the neck and shoulder muscles, nervousness and fatigue. According to the managers’ perspective, the most important impact indicators at work were having difficulty to remember facts related to work that were naturally remembered before and the loss of control over life events. Managers related that the most used mechanism to minimize the tensions related to work was the possibility of resting on weekends. The inferential statistics results showed that occupational stress did not suffer interference from age, schooling or continued use of medication. On the other hand, those managers who had diseases presented more often a higher level of occupational stress than those who did not have health problems. The first Hypothesis of this study was partially confirmed, since only the sources of tension of individuals implied increased stress. The second Hypothesis was fully confirmed, that was, the individuals who had the highest levels of stress also had the highest indicators of impacts at work.

Key Words: Occupational stress. Stress at work. Public managers. Federal Institute of Education, Science and Technology of Minas Gerais. IFMG.

Área de Concentração: ORGANIZAÇÃO E ESTRATÉGIA

Linha de Pesquisa: Relações de Poder e Dinâmica das Organizações

Banca Examinadora

Orientador: Prof. Dr. Luciano Zille Pereira

Prof. Dr. Marco Aurélio Ramos – Docente

Prof. Dr. Mario Teixeira Reis Neto – Participante Externo

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