Mestrando(a): ANDRESA LOPES CORDEIRO SEABRA

Orientador(a): Profª Drª Talita Ribeiro da Luz

Este estudo teve como objetivo analisar como se configuram as competências gerenciais de coordenadores de cursos de graduação em Enfermagem na cidade de Belo Horizonte, segundo o modelo de Quinn et al. (2003), destacado no referencial teórico. Para atingir o objetivo proposto, foi realizado um estudo de caso e uma pesquisa de campo, de caráter descritivo, com abordagens qualitativa e quantitativa, configurando-se em uma triangulação de dados. Os dados foram coletados a partir da aplicação de um questionário, construído com base conceitual no modelo de competências gerenciais de Quinn et al. (2003), e de entrevistas  com os coordenadores dos cursos de graduação em enfermagem em funcionamento na cidade de Belo Horizonte. Os dados provenientes do questionário foram analisados estatisticamente e os dados das entrevistas foram submetidos à análise de conteúdo. Verificou-se que, para os coordenadores, as respostas ao que seria ideal com relação ao desempenho dos papéis gerenciais alcançaram níveis elevados, tanto na parte quantitativa quanto na parte qualitativa. Nesse aspecto, os papéis que foram destacados na parte quantitativa e reforçados na parte qualitativa da pesquisa foram os de mentor, diretor, coordenador e facilitador. Foi possível identificar que, com relação ao que realmente conseguem executar, os coordenadores atribuíram valores medianos para alguns papéis, como o de negociador e de monitor, tanto na parte quantitativa quanto na parte qualitativa, demonstrando que, na prática, o ideal não consegue ser alcançado na sua plenitude. Assim, de acordo com o modelo de competências gerenciais de Quinn et al. (2003), o perfil identificado para os coordenadores pesquisados foi considerado eficaz e intitulado de “agregadores pacíficos”, o que demonstra que as coordenadoras estão aptas a desempenhar de forma competente os papéis gerenciais considerando o equilíbrio entre eles. Destaca-se o menor desempenho no papel de negociador, sem, no entanto, representar prejuízo ao desempenho global de suas funções. Além dos ganhos apontados com a triangulação, esta pesquisa demonstrou também que as funções das coordenadoras de curso extrapolam as relativas ao processo administrativo tradicional, percebendo-se que suas funções são diluídas também em questões sociais dos discentes e, até mesmo, dos docentes e que a titulação exigida pelo órgão regulador nem sempre é suficiente para instrumentalizá-las para o exercício das suas funções, haja vista os comentários bastante recorrentes, e com respaldo nos autores usados na discussão do trabalho, de que muito da experiência e das competências dessas profissionais vem das dificuldades vivenciadas no exercício do cargo e não da formação técnico-acadêmica das coordenadoras. Após identificadas as limitações da pesquisa apresentada, foram dadas sugestões para investigações futuras visando ampliar o conhecimento gerado e contribuir para a formação dos gestores dos cursos de graduação, assim como para os futuros profissionais que se formam nos cursos sob sua responsabilidade.

 

BANCA EXAMINADORA:

 

Profª Drª Talita Ribeiro da Luz

ORIENTADORA (Faculdade Novos Horizontes)

Prof.ª Dr.ª Aleixina Maria Lopes Andalécio

Faculdade Novos Horizontes

Prof.ª Dr.ª Kely Cesar Martins de Paiva

UFMG

Prof. Dr. Jair Nascimento Santos

UNIFACS
Linha de Pesquisa: RELAÇÕES DE PODER E DINÂMICA DAS ORGANIZAÇÕES.

Área de concentração: Organização e estratégia

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