Autor: Carlos Alberto Zanandreis da Silveira
Tipo de Trabalho de Conclusão: DISSERTAÇÃO
Data da Defesa: 16/10/2019
RESUMO Ao longo da história, cada vez mais as mulheres têm sido inseridas no mercado de trabalho e, por meio de suas conquistas, vêm abrindo novos espaços de atuação, inclusive aqueles que antes eram redutos masculinos. Iniciativas como esta são envolvidas por uma gama de lutas por conquistas de direitos, traduzindo um enfrentamento contra a cultura patriarcal vigente na sociedade. Dessa forma, torna[1]se importante estudar esses avanços femininos em áreas historicamente masculinizadas. Este estudo tem por objetivo analisar e descrever as relações de gênero na segurança privada, na percepção das vigilantes (guardiãs), em uma empresa do setor de segurança privada da cidade de Belo Horizonte /MG. Em relação à metodologia, desenvolveu-se uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, por meio de um estudo de caso. O roteiro de entrevista foi do tipo semiestruturado contemplando 11 entrevistadas vigilantes femininas e o gestor, todos vinculados a empresa objeto do estudo. As categorias de análise foram definidas a priori, tendo como referência os objetivos específicos da pesquisa, ficando assim definidas: perfil profissional, desenvolvimento funcional, condições de trabalho, processos de trabalho e relações de gênero, e mecanismos de defesa. Os resultados apontaram como subcategorias: critérios para a contratação, processo seletivo, carreira funcional, qualificação profissional, ambiente físico, equipamentos, apoio institucional, processos de trabalho, relações de gênero, normas institucionais e mecanismos de enfrentamento. Os resultados, avaliados com base no critério da Análise de Conteúdo, indicaram que as vigilantes femininas ainda são minoria nos postos de trabalho e que, apesar de sua contratação visar a qualificação dos serviços e de o curso de formação ser o mesmo para homens e mulheres, elas ainda vivenciam desafios em função do gênero em suas atividades, tais como: preconceitos e brincadeiras de uma visão estigmatizada de que a segurança é coisa para homens; dificuldade de ascensão e de desenvolvimento de uma carreira na segurança; postos de serviço diferenciados e menos valorizados; assédio sexual. Adicionalmente também apresentaram que as vigilantes utilizam como mecanismos de defesa, principalmente, as seguintes estratégias: levar na brincadeira; achar normal as insinuações, para evitar conflitos e autovalorizarem suas habilidades.
Palavras chave: Vigilantes. Relações de gênero. Empresa de Segurança Privada.
ABSTRACT Throughout history, more and more women have been inserted in the labor market and, through their achievements, they have opened new spaces of action, including those that were once male strongholds. Initiatives such as this are engulfed in a range of struggles for the achievement of rights, reflecting a confrontation with the prevailing patriarchal culture in society. Thus, it is important to study these female advances in historically masculinized areas. This study aims to analyze and describe the gender relations in private security, in the perception of security guards (guardians), in a company of the private security sector of the city of Belo Horizonte / MG. Regarding the methodology, a descriptive research with a qualitative approach was developed through a case study. The interview script was semi-structured with 11 female vigilante interviewees and the manager, all linked to the company object of the study. The categories of analysis were defined a priori, based on the specific objectives of the research, thus defining: professional profile, functional development, working conditions, work processes and gender relations, and defense mechanisms. The results pointed as subcategories: criteria for hiring, selection process, functional career, professional qualification, physical environment, equipment, institutional support, work processes, gender relations, institutional norms and coping mechanisms. The results, evaluated based on the Content Analysis criterion, indicated that female security guards are still a minority in the jobs and that, despite their hiring aimed at the qualification of services and the training course is the same for men and women. , they still experience gender challenges in their activities, such as: prejudices and jokes about a stigmatized view that safety is a thing for men; difficulty in advancing and developing a career in security; differentiated and less valued service stations; sexual harassment. Additionally, they also showed that the security guards use as defense mechanisms, mainly, the following strategies: play in the game; find the innuendo normal to avoid conflict and to self-value their abilities.
Keywords: Security guard. Gender relations. Private Security Company.
Área de Concentração: ORGANIZAÇÃO E ESTRATÉGIA
Linha de Pesquisa: Relações de Poder e Dinâmica das Organizações
Banca Examinadora
Prof. Dr. Luciano Zille Pereira– Orientador
Prof. Dr. Luiz Carlos Honório – Docente
Prof. Dr. Mario Teixeira Reis Neto – Participante Externo
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