Autor: Diva Karla Rocha Gonçalves
Tipo de Trabalho de Conclusão: DISSERTAÇÃO
Data da Defesa: 15/02/2018
Resumo: O objetivo deste estudo consiste em descrever e explicar as manifestações de estresse ocupacional em gestoras que atuam nas unidades acadêmicas de saúde de uma instituição pública federal de ensino superior na cidade de Belo Horizonte/ MG. A pesquisa caracterizou-se como descritiva e explicativa, de abordagens quantitativa e qualitativa. Para a análise de dados, ancorou-se no modelo teórico explicativo do estresse ocupacional em gestores, desenvolvido e validado por (ZILLE, 2005). Na abordagem quantitativa, a coleta de dados se deu por meio de um questionário aplicado em 100 gestoras, o que corresponde a 83,3% da população. Em relação à parte qualitativa, os dados foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada, com 18 gestoras. Os resultados da análise quantitativa apontaram que 73,0% das gestoras apresentaram quadro de estresse ocupacional, sendo 24,0% estresse intenso/muito intenso. A abordagem qualitativa reforçou os resultados da análise quantitativa quanto aos níveis e intensidade de estresse. Na abordagem quantitativa a pesquisa revelou que as principais fontes de tensão de trabalho são: realização de várias atividades ao mesmo tempo com alto grau de cobrança, número excessivo de horas de trabalho e pressão excessiva no trabalho. Quanto às fontes de tensão do indivíduo a pesquisa apontou: levar a vida de forma muito corrida, pensar e/ou realizar duas ou mais coisas ao mesmo tempo e não conseguir desligar-se do trabalho, mesmo fora dele. A análise qualitativa, de forma complementar, apontou a existência de tensão, cansaço, nervosismo e ansiedade. Ainda na análise quantitativa, as fontes de tensão específicas no trabalho são: conciliar inovação/autonomia com as normas da instituição, não poder questionar sobrecarga de trabalho por ser gestora, não poder agir de forma autoritária e ter que ser autoritária. Na abordagem qualitativa acrescentou-se: número excessivo de horas de trabalho, necessidade exagerada de fazer mais com o mínimo de recursos e pressão excessiva no trabalho. Quanto às fontes específicas de tensão da mulher gestora, a análise quantitativa revelou que: ser discriminada simplesmente por ser mulher, a necessidade de dar atenção aos filhos, ser casada e ter que cuidar do lar e a gravidez interferindo significativamente no trabalho. Em relação aos sintomas mais relevantes, observou-se: ansiedade, fadiga, dor de cabeça por tensão, insônia e nervosismo acentuado. Quanto aos mecanismos de regulação (coping) adotados para minimizar os efeitos do estresse, identificam-se: encontrar com a família e amigos, planejar e organizar o trabalho, viajar, passear e praticar atividade física. A abordagem qualitativa reforçou os resultados quanto às fontes específicas de tensão na mulher gestora, aos sintomas de estresse e mecanismos de regulação. Tendo como referência o teste T-Student, aponta-se que o estresse ocupacional não sofre influência das variáveis demográficas, funcionais nem do hábito de vida e saúde das gestoras pesquisadas. Tendo como base resultados da análise de regressão múltipla, a Hipótese 1 indicou que fontes de tensão no trabalho e fontes de tensão específica do trabalho do gestor impactam os níveis de estresse ocupacional, assim a Hipótese 1 é parcialmente confirmada, uma vez que o modelo proposto não contou com as variáveis fontes de tensão do indivíduo, mecanismos de regulação e fontes de tensão específica da mulher gestora. Em relação a Hipótese 2, realizou-se uma regressão linear simples, indicando o que estresse ocupacional relaciona com os indicadores de impacto no trabalho. Assim, a Hipótese 2 deste estudo é confirmada.
Palavras-chave: Estresse ocupacional. Abordagens quantitativa e qualitativa. Gestoras de unidades acadêmicas. Instituição pública federal de ensino superior.
Abstract: The objective of this study is to describe and explain how manifestations of occupational stress in managers who work in the academic health units of a public public institution of higher education in the city of Belo Horizonte / MG. A research was characterized as descriptive and explanatory, of quantitative and qualitative approaches. For an analysis of data, anchored is not an explanatory model of occupational stress in managers, developed and validated by (ZILLE, 2005). In the quantitative approach, a data collection was done through a questionnaire applied in 100 managers, which corresponds to 83.3% of the population. In relation to the qualitative part, the data obtained through a semi-structured interview, with 18 managers. The results of the quantitative analysis indicated that 73.0% of the managers presented occupational stress, with 24.0% intense / very intense stress. The qualitative approach reinforces the results of the quantitative analysis regarding levels and intensity of stress. In the quantitative approach the research revealed as main sources of work tension are: performing several activities at the same time with high degree of collection, excessive number of hours of work and excessive pressure at work. Regarding the individual’s sources of tension, the research pointed out: lead a very correct life, think and / or perform two or more things at the same time and not be able to disconnect from work, even for him. A qualitative analysis, in a complementary way, indicated the existence of tension, fatigue, nervousness and anxiety. It is not yet a quantitative analysis, as sources of specific measures in the work are: to reconcile innovation / autonomy with the norms of the institution, to not be able to question about the work for being manager, not to be able to act in an authoritarian way and to have to be authoritarian. In the qualitative approach was added: excessive number of hours of work, exaggerated need to do more with minimum resources and excessive pressure at work. Regarding the specific sources of tension of the woman manager, the quantitative analysis revealed that: being discriminated simply by being a woman, the need to care for the children, being married and having to take care of the home and the pregnancy interfering significantly in the work. Concerning the most relevant symptoms, we observed: anxiety, fatigue, tension headache, insomnia and marked nervousness. Regarding the coping mechanisms adopted to minimize the effects of stress, the following are identified: meeting with family and friends, planning and organizing work, traveling, walking and practicing physical activity. The qualitative approach reinforced the results regarding the specific sources of tension in the woman manager, the stress symptoms and mechanisms of regulation. Taking the T-Student test as a reference, it is pointed out that occupational stress is not influenced by the demographic, functional, nor the life and health habits of the surveyed managers. Based on results from the multiple regression analysis, Hypothesis 1 indicated that sources of work stress and manager-specific stress sources impact occupational stress levels, so Hypothesis 1 is partially confirmed, since the proposed model did not count on the individual’s sources of tension, regulation mechanisms and specific sources of tension of the woman manager. In relation to Hypothesis 2, a simple linear regression was performed, indicating what occupational stress correlates with the impact indicators in the work. Thus, Hypothesis 2 of this study is confirmed.
Keywords: Occupational stress. Quantitative and qualitative approaches. Managers of academic units. Federal public institution of higher education.
Área de Concentração: ORGANIZAÇÃO E ESTRATÉGIA
Linha de Pesquisa: Relações de Poder e Dinamica das Organizações
Banca Examinadora
Orientador: Prof. Dr. Luciano Zille Pereira
Prof. Dr. Wendel Alex Castro Silva – Docente
Profª Drª Zélia Miranda Kilimnick – Participante Externo
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