Mestrando(a): WENDERSON SILVA MARQUES DE OLIVEIRA

Orientador(a): FERNANDO COUTINHO GARCIA

Este trabalho visa à identificação de uma possível correlação entre o poder organizacional e vivências de prazer e sofrimento de docentes em instituições privadas de ensino superior (IPES) de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Optou-se por uma pesquisa descritiva, realizada como pesquisa de campo e de natureza quantitativa. As variáveis independentes foram formadas por respostas de questionário com cinco fatores presentes em uma Escala de Configuração do Poder Organizacional. Outro questionário utilizado foi o Inventário de Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA), devidamente validado. Participaram do estudo 78 professores, 39 da instituição A e 39 da instituição B, que não foram identificados. Pela escala de configuração de poder, os resultados indicaram que na IPES A predomina a configuração de poder missionária e sistema fechado, ao passo que a IPES B predomina autocracia e missionária. Em ambas as IPES, o prazer prevaleceu sobre o sofrimento nas duas abordagens ITRA, com relação ao contexto do trabalho e às vivências de prazer e sofrimento. Das cinco hipóteses, a primeira foi rejeitada parcialmente pelo fato da configuração de poder ser semelhante nas duas IPES, a segunda foi rejeitada pelo fator prazer ter sido predominante nas IPES, a terceira foi confirmada, pois os aspectos determinantes do fator prazer são iguais nas duas IPES, a quarta foi confirmada parcialmente, uma vez que os aspectos determinantes do fator sofrimento são iguais nas duas IPES e por último, a quinta foi confirmada por existirem correlações significativas entre configurações de poder e fatores de prazer e sofrimento. Pelas análises efetuadas, pôde-se notar que prazer e sofrimento coexistem no ambiente laboral, mas não são excludentes. Os resultados indicam vivência de prazer de forma significativa e sofrimento de forma moderada, sendo o prazer significativo em termos de indicadores de realização e liberdade, e o sofrimento, de forma moderada, em termos de indicadores de desgaste e desvalorização. A predominância de prazer pode indicar que os docentes estabelecem, de forma satisfatória, relações significativas com suas atividades, demonstrando que o contexto de trabalho e suas vivências partem de bases ideológicas pessoais e individuais. Entretanto, foi confirmado haver correlação entre configurações de poder e as vivências de prazer e sofrimento nas duas IPES. Assim, predomina o prazer, mas existe o sofrimento.

Orientador(a): FERNANDO COUTINHO GARCIA

Professores Drs. da Banca:

Banca:

Prof Dr Luiz Carlos Honório – Faculdade Novos Horizontes

Prof Dr Antônio Del Maestro Filho – UFMG

Mestrando(a): WENDERSON SILVA MARQUES DE OLIVEIRA

Linha de Pesquisa: Relações de poder e dinâmica das organizações

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