Mestrando(a): PAULO STIGERT

Orientador(a): Prof. Dr. Alfredo Alves de Oliveira Melo

 

Este trabalho teve por objetivo analisar os indicadores de desempenho da MRV Serviços de Engenharia após sua abertura de capital em um IPO (Indicador de Perfomance Operacional ou Oferta Pública Inicial). Sua concepção partiu da premissa de que as empresas precisam planejar e executar as melhores estratégias de crescimento de acordo com as fontes de recursos que podem acessar. E, concomitantemente, surge a necessidade de elas poderem, na utilização desses recursos, lançarem mão de ferramentas adequadas de gestão desse capital. Para a fase de levantamento teórico, a base encontrou-se inicialmente em artigos. Para a fase de coleta de dados, o estudo trabalhou principalmente com fontes secundárias. As informações para a formação do banco de dados são representadas pelas demonstrações financeiras da empresa que realizou o IPO bem como os respectivos prospectos, arquivados na BMF&Bovespa e na CVM. Formou-se um banco de dados no software MS Excel™ para, depois, analisar os dados por meio da avaliação quantitativa e qualitativa do desempenho recente da empresa, tomando-se também como base alguns dos relatórios publicados entre 2007 e 2012. Para reforço da associação das ideias da importância do mercado de capitais e do desempenho da companhia pesquisada, a análise procurou evidenciar alguns “Indicadores do Desempenho Operacional” de uso comum em Contabilidade Gerencial. A análise mostrou que, além do bom desempenho em Compound Annual Growth Rate – CAGR – das vendas no período que marcou o novo ciclo de investimentos a partir da segunda entrada de recursos de acionistas (2009), é importante registrar que, na execução da estratégia de vendas que significou o crescimento, plantaram-se as bases de um maior EBITDA. A análise mostra uma guinada no somatório dos dois períodos em que se dividiu esta análise: ocorreu, paulatinamente, uma dicotomia entre os movimentos de redução no uso de fonte de “financiamento bancário direto” para a fonte “financiamento bancário pelo crédito associativo” (“repasses”). A dicotomia combinada dos movimentos de realocação de portfólio (recursos dos compradores e dos bancos) em relação às suas antigas fontes de capital (e respectivos WACC e riscos) resultou em uma combinação em que, também nesta fase, o uso da fonte “financiamento bancário pelo crédito associativo” cresceu de modo expressivo. Realizando uma retrospectiva desde a abertura do capital, em 2007, verifica-se que os resultados para os acionistas originais, e para os que aportaram posteriormente (não somente no IPO, mas também no block trade de 2009), são bastante significativos, considerando a ainda a jovem existência do moderno mercado de capitais do Brasil, após as reformas introduzidas no século XXI. A evolução dos preços de vendas em comparação a indicadores como o INCC (referência do construbusiness) mostra, inclusive, a evolução dos preços dos produtos sem uma grande influência de mix de tipologia de clientes (classes B, C ou D) e geográfico (Sudeste e Nordeste, os principais mercados), indicando que o aumento da aquisição de landbank (estoque de terrenos) e do VGV de cada obra encontra na MRV uma média de preço mais elevada aplicada nos produtos à venda, evidenciando o sucesso da estratégia composta de custos x precificação adotada pela administração.

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Dr. Alfredo Alves de Oliveira Melo

ORIENTADOR (Faculdade Novos Horizontes)

 

Prof. Dr. Wendel Alex Castro Silva

Faculdade Novos Horizontes

 

Prof. Dr. Antônio Arthur de Souza

Universidade Federal de Minas Gerais
Linha de Pesquisa: TECNOLOGIA DE GESTÃO E COMPETITIVIDADE.

Área de concentração: Organização e estratégia

PAULO STIGERT