Mestrando(a): LEONARDO ESTANISLAU  PRATA

Orientador(a): Prof. Dr. Antonio Luiz Marques

O objetivo geral deste estudo foi analisar como o planejamento estratégico implementado no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) contribuiu para a mudança organizacional, na percepção de seus coordenadores, considerando as perspectivas estratégica, estrutural, tecnológica, humana, cultural e política, abordadas por Motta (2004). Foi acrescida uma investigação em relação à resistência à mudança organizacional, tendo como base o mesmo autor. A instituição utilizada como objeto de estudo foi o TRE-MG. Para se chegar aos objetivos deste estudo, realizou-se uma pesquisa do tipo descritiva, com abordagem qualitativa, tendo o estudo de caso como método de pesquisa. Os coordenadores do Tribunal foram os sujeitos pesquisados, sendo que nove deles foram submetidos a uma entrevista semistruturada, para a coleta de dados. Seus depoimentos foram gravados e transcritos, a fim de serem submetidos ao tratamento dos dados coletados, por meio da análise de conteúdo. Os resultados indicaram que o planejamento estratégico implementado no TRE-MG contribuiu para a mudança organizacional nas perspectivas estratégica, tecnológica, humana, cultural e política. Na perspectiva estrutural, o planejamento estratégico não contribuiu para a mudança organizacional. Na perspectiva estratégica, a contribuição para a mudança organizacional foi em relação à missão institucional, que para a maioria dos coordenadores conseguiu demonstrar a razão da existência organizacional. Em relação aos objetivos estratégicos, para a metade dos coordenadores houve contribuição para a mudança organizacional, pois eles permitiram conduzir os comportamentos dos servidores, mas para a outra metade não houve contribuição para a mudança organizacional. Quanto à tomada de decisão, não houve contribuição para a mudança organizacional, pois a maioria dos coordenadores considerou que ela não se tornou um processo racional e participativo. Na perspectiva estrutural, não houve contribuição para a mudança organizacional, pois não foi percebida pelos coordenadores a criação de setores, grupos ou comissões. Na perspectiva tecnológica, houve contribuição para a mudança organizacional apenas para a minoria dos coordenadores, que percebeu alteração da tecnologia, mas para a maioria não houve contribuição, pois não foi percebida alteração na tecnologia. Na perspectiva humana, para metade dos coordenadores houve contribuição para a mudança organizacional, por ter percebido alterações nos comportamentos dos servidores, mas para a outra metade não houve contribuição, pois percebeu alterações de comportamentos de forma negativa. Na perspectiva cultural, houve contribuição para a mudança organizacional, pois para os coordenadores ocorreu alteração da identidade dos servidores. Na perspectiva política, houve contribuição para a mudança organizacional, pois para a maioria dos coordenadores ocorreram a canalização dos interesses e a solução dos conflitos. Sobre a resistência à mudança organizacional, considerando alguns aspectos de resistência, como receio do futuro, recusa ao ônus da transição e acomodação ao status funcional, não foi verificada resistência à mudança por parte dos coordenadores. Em relação ao aspecto de resistência, definido como receio do passado, poderia ter contribuído, de alguma forma, para gerar resistência à mudança.

BANCA EXAMINADORA:

 

Prof. Dr. Antonio Luiz Marques

ORIENTADOR (Faculdade Novos Horizontes)

Prof.ª Dr.ª Caissa Veloso e Sousa

Faculdade Novos Horizontes

Prof.ª Dr.ª Adriana Ventola Marra

Universidade Federal de Viçosa
Linha de Pesquisa: RELAÇÕES DE PODER E DINÂMICA NAS ORGANIZAÇÕES.

Área de concentração: Organização e estratégia

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