Mestrando(a): JACKSON CRUZ CABRAL

Orientador(a): LUIZ CARLOS HONORIO

Esta dissertação descreve e analisa as principais fontes de satisfação, de insatisfação e de pressão presentes no trabalho de chefes e auxiliares de cozinha que atuam em restaurantes localizados na cidade de Belo Horizonte de acordo com o conteúdo e o contexto de tarefas formulados no modelo de Hackman e Oldham (1975) e do modelo proposto por Cooper, Sloan e Williams (1988), além de correlacionar variáveis demográficas e ocupacionais com tais fontes. Discorre sobre as bases da qualidade de vida no trabalho, estresse ocupacional, conceitos e perspectivas desses temas e caracteriza o perfil do cozinheiro. Considerada uma pesquisa do tipo aplicada, de natureza descritiva, de caráter quantitativo e qualitativo, contemplou um universo de 107 profissionais de cozinha compreendendo 43 chefes de cozinha e 64 auxiliares. Foi realizada em 52 restaurantes de uma população de 85 restaurantes associados à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Belo Horizonte, a partir de dados coletados de um questionário elaborado com questões fechadas baseadas no modelo teórico proposto por Hackman e Oldham (1975) e Cooper, Sloan e Williams (1988) e entrevistas com cinco dos respondentes de cada categoria. Os resultados mais significativos deste estudo levam às seguintes principais conclusões: a) a atividade de cozinhar profissionalmente vem aumentando e proporcionando, principalmente às mulheres, novas oportunidades de emprego no setor de alimentação e b) o vínculo empregatício é necessário diante da necessidade de pertencer a uma organização, para, com o tempo de aprendizado e experiência, alcançar objetivos profissionais e pessoais. Os resultados mais expressivos, comparando-se os cargos de chefe de cozinha e de auxiliar de cozinha demonstram opiniões semelhantes quanto à identidade da tarefa, o feedback extrínseco. Mas, nas dimensões variedade de habilidades; significado da tarefa; autonomia; feedback intrínseco e interrelacionamento do modelo de Hackman e Oldham (1975), as opiniões dos chefes de cozinha enaltecem a profissão, referindo-se a gostar do que fazem, satisfação do ego, escolha certa e trabalho duro, mas gratificante. Em relação aos fatores de pressão no trabalho, os profissionais tendem a experimentar uma pressão leve quanto aos aspectos associados ao relacionamento interpessoal e à carreira/realização. No que se refere às fontes de pressão no trabalho, estar disponível para atender pessoas é uma indicação de pressão de fato apenas para os chefes de cozinha, bem como executar trabalho complexo, receber feedback de supervisor e colegas ou conviver com pessoas difíceis. Para os auxiliares de cozinha mestas fontes foram indicativas de uma pressão leve no trabalho. No que se refere às variáveis do sentimento do trabalho conclui-se que os profissionais entrevistados estão satisfeitos com o trabalho mais em função dos aspectos relacionados ao fator emocional e de inter-relacionamento do que dos aspectos relacionados à remuneração, aos benefícios e ao sistema de comunicação.

Orientador(a): LUIZ CARLOS HONORIO

Professores Drs. da Banca:

KELY CÉSR MARTINS DE PAIVA E LUCIANO ZILLE PEREIRA

Mestrando(a): JACKSON CRUZ CABRAL

Linha de Pesquisa: Relações de poder e dinâmica das organizações

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