Autor: Juliana Alves dos Reis
Tipo de Trabalho de Conclusão: DISSERTAÇÃO
Data da Defesa: 13/02/2020
RESUMO: A vivência laboral dos médicos residentes no setor público configura-se como fonte de tensão, podendo gerar manifestações de estresse em decorrência das atividades exercidas e, assim, comprometer sua saúde física e mental. Este estudo tem por objetivo descrever as manifestações de estresse ocupacional na percepção de residentes médicos que atuam em um hospital público localizado na cidade de Belo Horizonte/MG. A pesquisa foi do tipo descritiva, com abordagem qualitativa, tendo como método o estudo de caso qualitativo, contando uma população de 71 residentes médicos. A coleta de dados se deu por meio de questionário aderente ao Modelo Teórico Explicativo do Estresse Ocupacional (MTEG), desenvolvido e validado por Zille (2005), adaptado e validado para este estudo. A análise dos dados foi realizada mediante a estatística descritiva. Os resultados do estudo apontaram que 90,1% dos residentes médicos apresentaram estresse ocupacional em algum nível e 67,6% apresentaram nível de estresse variando de intenso a muito intenso. Considerando os sintomas relacionados às manifestações de estresse, os de ordem psíquica tiveram predominância em relação aos físicos. O sintoma angústia ocorrem em 68,8% dos pesquisados, seguido de nervosismo em 56,3% e ansiedade em 53,1%. A principal fonte de tensão no trabalho identificada foi executar um trabalho complexo, gerando desgaste, mencionada por 53,1% dos pesquisados, seguida de excesso de atividades administrativas, apontada por 48,4%, e excesso de carga horária, por 43,8%. Considerando as fontes de tensão do indivíduo não desligar-se do trabalho mesmo fora dele foi apontada por 64,1% dos pesquisados. Já em relação aos indicadores de impacto no trabalho, dificuldades de lembrar fatos recentes que antes eram lembrados com naturalidade foi o mais apontado, 29,7% dos residentes, seguido da desmotivação com o trabalho. O mecanismo de regulação mais citado foi gozar férias (65,6%). Analisando a correlação entre dados demográficos e estresse ocupacional, apurou-se que as mulheres apresentaram maior índice de estresse, bem como os de menor faixa etária e com menos tempo de atuação na residência. Os solteiros obtiveram médias de estresse superiores às dos casados e/ou que vivem com cônjuge. Para aqueles que exercem atividade médicas além da residência, quanto mais horas trabalhadas maior a média de estresse. Ter um hobby apresenta-se como um fator que diminui as médias do estresse ocupacional no grupo pesquisado. Assim confirmou-se a ocorrência de estresse ocupacional entre os residentes médicos, o que exige intervenções no processo de trabalho para minimizar ou eliminar as fontes de tensão e, consequentemente, o surgimento das manifestações do estresse na população estudada.
Palavras-chave: Estresse ocupacional. Residentes médicos. Hospital público.
ABSTRACT: The work experience of doctors residing in the public sector is a source of tension, which can generate manifestations of stress as a result of the activities performed and, thus, compromise their physical and mental health. This study aims to describe the manifestations of occupational stress in the perception of medical residents who work in a public hospital located in the city of Belo Horizonte / MG. The research was of the descriptive type, with a qualitative approach, using the qualitative case study method, counting a population of 71 medical residents. Data collection took place through a questionnaire adhering to the Theoretical Explanatory Model for Occupational Stress (MTEG), developed and validated by Zille (2005), adapted and validated for this study. Data analysis was performed using descriptive statistics. The results of the study showed that 90.1% of medical residents had occupational stress at some level and 67.6% had a level of stress ranging from intense to very intense. Considering the symptoms related to the manifestations of stress, the psychic ones had predominance in relation to the physical ones. The anguish symptom occurs in 68.8% of those surveyed, followed by nervousness in 56.3% and anxiety in 53.1%. The main source of tension at work identified was performing a complex job, generating wear and tear, mentioned by 53.1% of those surveyed, followed by excessive administrative activities, pointed by 48.4%, and excessive workload, by 43.8 %. Considering the sources of tension of the individual not to leave work even outside of work, it was pointed out by 64.1% of those surveyed. Regarding the impact indicators at work, difficulties to remember recent facts that were previously remembered naturally were the most pointed out, 29.7% of residents, followed by demotivation with work. The most cited regulation mechanism was taking holidays (65.6%). Analyzing the correlation between demographic data and occupational stress, it was found that women had a higher rate of stress, as well as those of a lower age group and with less time working at home. Singles had higher stress averages than those married and / or living with a spouse. For those who practice medical activities in addition to residency, the more hours worked the greater the average stress. Having a hobby presents itself as a factor that decreases the averages of occupational stress in the researched group. Thus, the occurrence of occupational stress among medical residents was confirmed, which requires interventions in the work process to minimize or eliminate sources of tension and, consequently, the appearance of stress manifestations in the studied population.
Keywords: Occupational Stress. Medical residentes. Public hospital.
RESUMEN: La experiencia laboral de los médicos que residen en el sector público es una fuente de tensión, que puede generar manifestaciones de estrés como resultado de las actividades realizadas y, por lo tanto, comprometer su salud física y mental. Este estudio tiene como objetivo describir las manifestaciones del estrés ocupacional en la percepción de los residentes médicos que trabajan en un hospital público ubicado en la ciudad de Belo Horizonte / MG. La investigación fue del tipo descriptivo, con un enfoque cualitativo, utilizando el método de estudio de casos cualitativo, contando una población de 71 residentes médicos. La recolección de datos se realizó a través de un cuestionario que se adhirió al Modelo Teórico Explicativo para el Estrés Ocupacional (MTEG), desarrollado y validado por Zille (2005), adaptado y validado para este estudio. El análisis de los datos se realizó mediante estadística descriptiva. Los resultados del estudio mostraron que el 90.1% de los residentes médicos tenían estrés ocupacional en algún nivel y el 67.6% tenía un nivel de estrés que variaba de intenso a muy intenso. Teniendo en cuenta los síntomas relacionados con las manifestaciones del estrés, los psíquicos tenían predominio en relación con los físicos. El síntoma de angustia ocurre en el 68.8% de los encuestados, seguido de nerviosismo en el 56.3% y ansiedad en el 53.1%. La principal fuente de tensión en el trabajo identificado fue realizar un trabajo complejo, generar desgaste, mencionado por el 53.1% de los encuestados, seguido de actividades administrativas excesivas, indicadas por el 48.4%, y el exceso de carga de trabajo, por 43.8 % Teniendo en cuenta las fuentes de tensión del individuo para no dejar el trabajo incluso fuera del trabajo, el 64,1% de los encuestados lo señaló. En cuanto a los indicadores de impacto en el trabajo, las dificultades para recordar hechos recientes que antes se recordaban de forma natural fueron las más señaladas, el 29,7% de los residentes, seguido de la desmotivación con el trabajo. El mecanismo de regulación más citado fue tomar vacaciones (65,6%). Analizando la correlación entre los datos demográficos y el estrés ocupacional, se encontró que las mujeres tenían una mayor tasa de estrés, así como las de un grupo de menor edad y con menos tiempo trabajando en casa. Los solteros tenían promedios de estrés más altos que los casados y / o que viven con un cónyuge. Para aquellos que practican actividades médicas además de la residencia, mientras más horas trabajadas, mayor es el estrés promedio. Tener un pasatiempo se presenta como un factor que disminuye los promedios del estrés ocupacional en el grupo investigado. Por lo tanto, se confirmó la aparición de estrés laboral entre los residentes médicos, lo que requiere intervenciones en el proceso de trabajo para minimizar o eliminar las fuentes de tensión y, en consecuencia, la aparición de manifestaciones de estrés en la población estudiada.
Palabras clave: Estrés laboral. Residentes médicos. Hospital publico.
Área de Concentração: ORGANIZAÇÃO E ESTRATÉGIA
Linha de Pesquisa: Relações de Poder e Dinâmica das Organizações
Banca Examinadora
Prof. Dr. Luciano Zille Pereira – Orientador
Prof. Dr. José Edson Lara – Docente
Prof. Dr. Mario Teixeira Reis Neto – Participante Externo