Mestrando(a): TONIA CHAVES ANDRADE
Orientador(a): Prof. Dr. Luciano Zille Pereira
O estresse é um problema de saúde que compromete o desempenho do trabalhador e afeta seus relacionamentos. É cada vez mais comum entre a população brasileira, pela dificuldade do indivíduo em lidar com as fontes de tensão. O setor da construção civil está passando por um período de aceleração do mercado, fomentado pela necessidade de obras de infraestrutura no país e de moradias. Alguns dos fatores de sobrecarga vivenciados pelo setor são: falta de mão de obra, de materiais e de recursos financeiros, bem como prazos apertados. O ritmo acelerado das mudanças exige dos gestores das obras novas habilidades para atenderem no prazo adequado às necessidades dos clientes, aumentando as fontes de tensão e contribuindo para o aparecimento de estresse entre esses gestores. Para uma melhor compreensão do fenômeno estresse entre os gestores, realizou-se esta pesquisa em uma empresa do setor da construção civil, com o objetivo principal de identificar e analisar o nível de estresse, os principais sintomas, as fontes excessivas de tensão no trabalho, os mecanismos de regulação e os principais indicadores relacionados ao desempenho dos gestores. Este estudo classifica-se como quantitativo-descritivo. Foram analisados 30 gestores nos três níveis hierárquicos (estratégico,intermediário e operacional). A coleta de dados foi realizada por meio do questionário aderente ao Modelo Teórico de Explicação do Estresse Ocupacional em Gerentes (MTEG), desenvolvido por Zille (2005), o qual foi adaptado para este estudo. Para análise dos dados utilizou-se de estatística descritiva, envolvendo análise exploratória de média, moda, desvio-padrão e percentil 25 e 75 por meio do software Excel, versão 2007. Os resultados evidenciaram que 6 (20%) gestores apresentaram, estresse intenso; e 3 (10%), estresse leve; 21 (70%) gestores ausência de estresse Os principais sintomas de estresse entre os gestores foram: dor nos músculos do pescoço e ombros, nervosismo e insônia. As principais fontes de tensão foram: realização de várias atividades ao mesmo tempo com alto grau de cobrança e ter o dia muito tomado com uma série de compromissos assumidos, com pouco ou nenhum tempo livre. Os mecanismos de regulação mais utilizados foram: a possibilidade de descansar com regularidade nos finais de semana e feriados e cooperação entre os pares (gestores). Os resultados não demonstraram relação estatisticamente significativa (p<00,5) entre o nível de estresse ocupacional e as variáveis demográficas e ocupacionais. O número reduzido dos sujeitos que responderam ao questionário e o baixo nível de escolaridade da maioria dos gestores contribuíram para estes resultados. No entanto uma atuação da organização no sentido de reduzir os níveis de tensão no trabalho poderá contribuir para que estes indivíduos possam estar mais equilibrados do ponto de vista psíquico, minimizando assim, os quadros de estresse identificados.
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. Luciano Zille Pereira
ORIENTADOR (Faculdade Novos Horizontes)
Prof. Dr. Luiz Carlos Honório
Faculdade Novos Horizontes
Prof. Dr. Antonio Luiz Marques
UFMG
Linha de Pesquisa: Relações de Poder e Dinâmica das Organizações.
Área de concentração: Organização e estratégia
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